TGI - Moda da pré-década de 10 - 44811M

Os alunos participantes deste grupo são:

Thelmo de Castro Filho

e

Mychelle Neiva Rodrigues

Estudantes do primeiro período do Curso de Design de Moda na UNIVERSO.

A palavra que melhor descreve a arte contemporânea é diversidade. Diversidade de estilos movimentos e técnicas, o que garantiu um toque peculiar ao século XX. Os artistas produziram usando, não apenas materiais tradicionais, mas também entraram em um mundo de matérias primas inexplorado até aquele momento.

O século começou com a grande euforia da Belle Epoque. As crescentes inovações tecnológicas iniciadas na revolução industrial ampliaram a distância entre a classe média e a trabalhadora. A mulher lutava por direitos de igualdade e voto. Freud surgia com sua psicanálise para explicar as ações do ser humano. A Europa estava em clima de festa, todo o luxo que podiam imaginar, possuíam. Isso gerou uma onda de otimismo que foi intensamente refletida no mundo das artes.

A música começou a ganhar espaço, principalmente com Stravinski e Schönberg que compunham músicas independentes da melodia tradicional. Na arquitetura a Art Nouveau com suas linhas orgânicas tomou o espaço da arquitetura tradicional, seguida até aquele momento. Na moda uma silhueta marcada em “s” havia ganhado espaço e vestidos amplos e luxuosos podiam ser vistos na maioria das maisons da época.

Porém todo esse glamour foi forçado a diminuir com a primeira Guerra Mundial. A moda, principalmente a feminina viu-se forçada a mudar. Saem os vestidos rodados e pesados e entram em cena vestidos práticos e mais confortáveis que permitiam a realização de trabalhos que passaram para sua responsabilidade, pois os homens estavam na guerra. Juntamente com este novo estilo de se vestir surge o corte Chanel, que era mais prático e exigia pouco tempo na arrumação. Surge também a Art Decô com linhas geométricas. Após a guerra alguns artistas perderam a fé na arte abstrata que vinha sendo construída e partiram para uma arte social.

Pouco tempo depois novas correntes de pensamento foram difundidas, como o dadaísmo, pouco compreendido até nos dias atuais. Contrapondo o pessimismo dadaísta nasce o surrealismo, que teve forte impacto nas artes da época.

Já na década de 30 o design aerodinâmico e ergonômico ganhou espaço em todas as áreas, principalmente nas artes. Novos materiais, como o compensado, foram acrescentados à gama de variedades disponíveis aos artesãos, entre outros. Uma espécie de plástico, a baliqueta, também passou a ser muito utilizada por todos.

Algum tempo depois nasce na moda o “New Look” de Dior que revolucionou a forma das mulheres se vestirem pois resgatou a feminilidade perdida na década de 20. O abstracionismo tomava conta do mundo das artes plásticas e o plástico se tornava uma matéria prima cada vez mais importante. O rádio e a televisão começaram a ganhar impacto na vida doméstica e isso começou a ser refletido no mundo das artes, principalmente na moda.

Um pouco mais adiante acontece o retorno do dadaísmo que influenciou as artes plásticas e tirou um pouco do enfoque que se dava ao abstracionismo na época. Como era uma época pós-guerra o otimismo reinava, só era um pouco disfarçado pela tensão da guerra fria. Foi uma época de intenso consumismo, noites agitadas e uma cultura jovem que começava a surgir. O estilo modernista que ressurgiu exigia que o design se voltasse para o futuro e abraçasse a tecnologia.

Na década de 60 a juventude que havia vivenciado a guerra estava mais unida que nunca. A revolução sexual e feminina exigiram da arte uma nova postura. Nasce então a Pop Art, que teve grande impacto na moda e em todas as outras áreas da arte. Tivemos ainda o aparecimento de uma nova técnica de pintura: o silk, que criticava, tanto o consumismo exagerado quanto a elitização da arte que, por seus altos preços, não permitia às classes mais pobres serem seus consumidores. O psicodelismo também surge forte e rebaixa o modernismo a algo fora de moda. Ainda, a era espacial exerce grande influência na arte dessa época.

O consumismo exacerbado verificado tanto na década de 50 quanto na de 60 perdeu força na década de 70. Uma nova tribo, os hippes, surgiram com a idéia de uma vida em comunidade, feliz e sem luxo. Na arte imperava o pós modernismo que defendia a popularização do erudito e a possibilidade de tornar o intelectual acessível. Ocorre o retorno das formas orgânicas principalmente nos móveis.Nesse período surge o neo-expressionismo que retorna à arte figurativa ignorada pelo modernismo.

Uma nova preocupação ambiental também pode ser observada. A consciência social podia ser claramente notada e várias discussões foram iniciadas à respeito dos temas: um design voltado para a necessidade, a carência dos países subdesenvolvidos, entre outros. Enfim, a arte agora era considerada objeto de divulgação da ideologia da época.

Com toda essa preocupação ecológica, nasce na década de 90 a arte reciclada. A partir de testes realizados sobre a durabilidade dos produtos começou a se desenvolver um trabalho de conscientização da população sobre os riscos desses matérias, se descartados na natureza, à vida no planeta Terra. O mundo da informática, avançando rapidamente, lança a internet, o que revolucionou não só a arte como toda a vida do ser humano.

O século XX, como pudemos notar, foi marcado por diversos acontecimentos que influenciaram diretamente a vida dos artistas. E até mesmo essa breve análise mostra que sua arte é diversa demais para ser englobada em apenas uma teoria. A arte contemporânea ganha contribuições de vários conceitos, porém nenhum deles separados conseguem transmitir o que realmente foi essa arte.

((Orientador: Professor Marajá João Alves de mendonça Filho))

Fonte de pesquisa das imagens: http://www.peopleconsulting.ca/Moulin_Rouge.jpg / http://cgi3.ebay.com/ws/eBayISAPI.dll?ViewUserPage&userid=authenticjewelry

A imagem é a libélula e o cabaré que possuem subunidades tais como: babados, asas, olhos, antena, mão, perna, sapato... O conjunto possui várias unidades de segregação, o que evidencia tais elementos perante o todo. Notamos continuidade na barra dos vestidos, na cauda da libélula, entre outros, que dão a impressão de uma sucessão por meio da organização perceptiva da forma. Apresenta proximidade nos olhos das pessoas, nas linhas das asas da libélula, que por isso tendem a ser vistos juntos. Pode ser visto um exemplo de fechamento nas listras das meias, ora vemos listras pretas, ora vemos listras de outra cor (pele e branco). Apresenta semelhança nas pedras da cauda da libélula que, por sua igualdade de forma e cor desperta a tendência de se constituir unidade. As formas são as pessoas e a libélula, embora outras formas secundárias possam ser observadas: corpo da libélula. Os olhos da libélula, assim como seu corpo, sintetizam bem o conceito de um ponto como uma unidade singular e de forte atração visual. Os contornos possuem linhas orgânicas, porém pode-se verificar a existência de linhas geométricas, como a cortina e a grade da janela. A parede do fundo do cabaré constitui um plano. O volume é obtido pelo joga de luz e sombra. Apresenta configuração real, ou seja, o observador o reconhece como um determinado objeto específico. A libélula possui harmonia pois apresenta uma disposição formal bem organizada e proporcional e também é um exemplo de equilíbrio simétrico. O conjunto apresenta contraste de cor e a libélula, além deste, também demonstra passividade. Ambas as imagens estão fora da escala real. O conjunto apresenta uma complexidade o que implica em uma complicação visual graças à presença de numerosas unidades formais na organização do objeto. As imagens também apresentam profusão graças a sua riqueza de detalhes. Mesmo sendo complexas as imagens possuem coerência. Ambas as imagens são opacas e expressam espontaneidade, principalmente na imagem das pessoas. As botas coloridas das mulheres funcionam como ruído visual. O conjunto como todo possui baixa pregnância de forma.

O objetivo desta etapa é extrair das pesquisas realizadas as principais cores da década escolhida, e colocá-las em uma cartela de cores.

((Orientadora: Professora Angélica Amorim))

"A partir das técnicas de moulage, com tentativa de reproduzir na bolsa um aspecto mais masculino visualizando o conceito e a vida do homem e sua vestimenta. Tentei aproximar bastante da vestimenta masculina que mais passava a o aspecto do homem na época que era o terno que recentemente teria si tornado ao estilo bem próximo do que usamos hoje. Após algumas tentativas as técnicas de moulage que já me demonstravam o aspecto que teria o produto final, decidi então optar em fazer a bolsa na própria vestimenta masculina, o terno." ((Thelmo de Castro))

((Orientadora: Professora Meire Santos))

"A técnica de moulage me auxiliou na melhor visualização do produto final e no processo criativo, pois podemos colocar no tecido diversas idéias para podermos avaliá-las. Tanto é que depois de todo o processo de experimentações ainda foi possível colocar mais elementos não experimentados antes." ((Mychelle Neiva))